Muitos já ouviram falar sobre Preconceito Linguístico, mas eu gostaria de saber se algum de vocês já sofreram? Pois, eu já. Naturalmente bahiana de itabuna, da terra de Gabriela cravo e canela. Digo que já sofri muitos ataques de ódio virtualmente, quando eu conheço outra pessoa de um estado diferente dizem também que meu sotaque é engraçado, falo como uma preguiçosa, ''ahh, só podia ser bahiana''. Com tanta variedades de sotaques e culturas, o Brasil ainda tem o preconceito enraizado em nossa cultura, onde o falar do sul e sudeste é mais bonito do que o do norte e nordeste.
O preconceito na língua faz com que os indivíduos se sintam humilhados ou intimidados com a possibilidade de cometer um erro de português. “Como se o fato de saber a regência ‘correta’ do verbo implicar gerasse algum tipo de vantagem, de superioridade, de senha secreta para o ingresso num círculo de privilegiados.
Para Marcos Bagno, A discriminação com base no modo de falar dos indivíduos é encarada com muita naturalidade na sociedade brasileira. Os “erros” de português cometidos por analfabetos, semi-analfabetos, pobres e excluídos são criticados pela elite, que “disputa” quem sabe mais a nossa língua. Essa é uma das constatações do lingüista e professor do Instituto de Letras (IL) da Universidade de Brasília (UnB) Marcos Bagno. Segundo o pesquisador, o conhecimento da gramática normativa tem sido usado como um instrumento de distinção e de dominação pela população culta.
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