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quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Preconceito Linguístico

Muitos já ouviram falar sobre Preconceito Linguístico, mas eu gostaria de saber se algum de vocês já sofreram? Pois, eu já. Naturalmente bahiana de itabuna, da terra de Gabriela cravo e canela. Digo que já sofri muitos ataques de ódio virtualmente, quando eu conheço outra pessoa de um estado diferente dizem também que meu sotaque é engraçado, falo como uma preguiçosa, ''ahh, só podia ser bahiana''. Com tanta variedades de sotaques e culturas, o Brasil ainda tem o preconceito enraizado em nossa cultura, onde o falar do sul e sudeste é mais bonito do que o do norte e nordeste.
O preconceito na língua faz com que os indivíduos se sintam humilhados ou intimidados com a possibilidade de cometer um erro de português. “Como se o fato de saber a regência ‘correta’ do verbo implicar gerasse algum tipo de vantagem, de superioridade, de senha secreta para o ingresso num círculo de privilegiados.
 Para Marcos Bagno, A discriminação com base no modo de falar dos indivíduos é encarada com muita naturalidade na sociedade brasileira. Os “erros” de português cometidos por analfabetos, semi-analfabetos, pobres e excluídos são criticados pela elite, que “disputa” quem sabe mais a nossa língua. Essa é uma das constatações do lingüista e professor do Instituto de Letras (IL) da Universidade de Brasília (UnB) Marcos Bagno. Segundo o pesquisador, o conhecimento da gramática normativa tem sido usado como um instrumento de distinção e de dominação pela população culta.

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